terça-feira, 1 de janeiro de 2013

a 31 km/s


«Gostaria de alargar a consciência das pessoas quanto ao tremendo período de tempo que temos pela frente – para o nosso planeta e para a própria vida. A maior parte das pessoas instruídas tem consciência de que somos o resultado de quase quatro biliões de anos da selecção de Darwin, mas muitos têm tendência a pensar que somos de algum modo o culminar da evolução. O nosso Sol, porém, ainda não chegou a metade do seu período de vida. Não serão os humanos que verão a morte do Sol, daqui a seis biliões de anos. As criaturas que existirão nessa altura serão tão diferentes de nós como nós somos das bactérias ou das amibas.»
Martin Rees, astrónomo e professor de Cosmologia e Astrofísica (Cambridge).

Já percorri quarenta voltas completas ao Sol, a rasgar o espaço a trinta e um kilometros por segundo, se as duplicar com vida e saúde já seria notável. Esta é a visão nua e crua da nossa condição humana.
O filme " A árvore da vida " do realizador Terrence Malick, foi um marco para mim. Não tenta arrumar ideias, nem chegar a conclusões, mas desperta-nos para uma realidade perturbadora: a vida.
A ciência busca o conhecimento universal e tem-no conseguido brilhantemente a traves dos tempos. O livro " O nascimento de uma nova física" de I. Bernard Cohen é um excelente testemunho.
Mas é nas fronteiras do conhecimento que para mim entra a fé.
Ter fé num Deus para mim é ter fé na Humanidade, na sua evolução, quem sabe?... 

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